Mostrando postagens com marcador Sistema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sistema. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Biblioteca Digital - Exemplos Nacionais

 Biblioteca Nacional (BibliON)

Fonte: https://biblion.odilo.us/

A BibliON é a biblioteca digital gratuita de São Paulo. Que disponibiliza milhares de livros digitais para ler onde e como quiser, além de uma vasta grade de programação cultural, como clubes de leitura, acesso a audiolivros, atividades de formação, podcasts, seminários e muito mais. A BibliON é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, sob a gestão da SP Leituras.

Fonte: https://biblion.odilo.us/
Destinado a moradores do Estado de São Paulo, o projeto exige que o usuário informe seu CPF ao realizar o cadastro no sistema antes de poder ler alguma obra do acervo. Cada usuário pode emprestar dois livros por vez  e aproveitar a leitura por 15 dias, podendo fazer a renovação uma vez pelo mesmo prazo, caso a obra não tenha reservas.

O serviço não permite download dos livros no aplicativo, mas sim pelo site nos computadores. Sendo possível salvar títulos para leitura off-line, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela. Podendo escolher diferentes modos de visualização para dia ou para noite e acionar leitura com voz, para saída em áudio do texto.
 
Fonte: https://biblion.odilo.us/


Confira a seguir: 


BibliON - A biblioteca digital gratuita de São Paulo


 BIBLIOTECA DIGITAL Gratuita do Estado de SP | Tour Virtual pela BibliON | com Fer Sugano




Referências:  https://biblion.odilo.us/ (Site da biblioteca)

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Biblioteca Digital - Ferramentas

 Omeka - Ferramenta para Bibliotecas e Repositórios Digitais


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Omeka

O  Omeka  é  um  software livre com  grande  potencial  para  a  construção  de  bibliotecas digitais  que  tem  como  objetivo  uma  experiência  de  navegação  voltada  para  o  visual. Sendo uma plataforma de código aberto, voltada para o gerenciamento de coleções digitais, que  permite que sejam feitas exposições virtuais, muito útil para bibliotecas digitais de fotos ou museus virtuais. 

Omeka é um projeto Digital Scholar, originalmente lançado no "Roy Rosenzweig Center for History and New Media" com financiamento de várias organizações. O nome e o logotipo da Omeka são marcas registradas da Digital Scholar. Sendo um software intuitivo e de fácil customização, se apresenta com uma solução leve em comparação com o software de repositório institucional tradicional, como DSpace e Fedora, a Omeka tem foco na exibição e usa um padrão de metadados Dublin Core sem qualificação. Fácil personalização do design; Recursos de imagem de alta resolução e Fornece feedback editorial sobre exposições.

Fonte: https://omeka.org/

O Omeka oferece algumas opções de temas para customização em seu site oficial. Atualmente estão disponíveis 9 temas, com a possibilidade de editar o tema modificando o código PHP e CSS. Omeka permite definir os tipos de objetos digitais que serão disponibilizados em um repositório. O sistema inclui, por padrão, 16 tipos de objetos digitais ou itens, mas, caso seja necessário acrescentar novos tipos, a criação de tipos digitais é bem simples e rápida. Os itens nativos são documento, imagem em movimento, história oral, som, imagem fixa, website, evento, email, plano de aula, hiperlinks, pessoa, recursos interativos, conjunto de dados, objeto, serviço e software.

É um sistema de gerenciamento de conteúdo para coleções digitais on-line. Suas características principais são: Como uma aplicação web, permite aos usuários publicar e exibir objetos do patrimônio cultural e ampliar sua funcionalidade com temas e plugins. Possui três versões hospedadas no site oficial da plataforma, sendo eles: O Omeka Classic, Omeka.net e Omeka S. E assim como o Dspace e o Tainacan, tem um Fórum/Comunidade para auxiliar os usuários. “um lugar para obter ajuda de outros usuários e compartilhar coisas novas que você está fazendo com a Omeka.”


Fonte: https://omeka.org/




Confira a seguir: 


Omeka - Parte 1 (Aula 2)

Conociendo OMEKA




Referências:  Freitas, Marília Augusta de; Silva, Patrícia , “O uso do OMEKA para implantação da biblioteca digital de coleções especiais na Universidade de Brasília.,” Repositório - FEBAB, acesso em 19 de maio de 2023, http://repositorio.febab.org.br/items/show/5362.

Site Oficial - Omeka
link de acesso: https://omeka.org/

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Biblioteca Digital - Ferramentas

 Tainacan - Ferramenta para Bibliotecas e Repositórios Digitais


O Tainacan é desenvolvido com base no software livre WordPress, um dos mais populares sistemas para desenvolvimento de soluções para a Internet. Incorpora, dessa maneira, várias facilidades e funcionalidades técnicas que o tornam compatível com as últimas tendências das tecnologias da web. Contribui para a preservação, e comunicação da produção cultural na Internet, por meio da gestão e compartilhamento de acervos. Além de catalogar, organizar, armazenar e compartilhar informações, ele se adapta às necessidades do usuário, permitindo que você configure e personalize suas coleções. Para isso, ele oferece uma série de recursos customizáveis, como a criação de coleções, metadados, itens, filtros e muitos outros. 

É uma solução tecnológica para a criação de coleções digitais na Internet. Pensado para atender a realidade das instituições culturais, ele é um software gratuito, que permite a gestão e a publicação de acervos digitais de forma fácil e intuitiva. Pode ser utilizado para o desenvolvimento de repositórios e bibliotecas digitais, bem como ações de comunicação, exposições e de difusão de acervos digitais. 

Um dos pontos de destaque do Tainacan está na simplicidade de sua instalação, que pode ser feita rapidamente, sem a necessidade de profissionais especializados, visto que suas configurações, básicas ou avançadas, podem ser realizadas pela interface. Ainda, é de suma relevância frisar a quantidade de itens abarcados pela instalação básica, não sendo obrigatória adaptações para o uso, ficando estas a cargo de melhorias referentes a necessidade de cada projeto. Um exemplo é a instalação de plugins que agregam novas funcionalidades, dos quais cita-se o Google Analytics, que permite avaliar relatórios de visitas; o BackWPup, que permite a criação de cópias de segurança; o New User Approve, facilita a administração da aprovação de novos usuários e o W3 Total Cache, reflete em aumento de performance, tornando o site mais estável e rápido em termos de carregamento (UFG, 2017). 
Fonte: https://tainacan.org/

O Tainacan é um plugin e um tema do WordPress. Isso quer dizer que para você conseguir utilizar o Tainacan, você tem que ter uma instalação do WordPress ativa. O WordPress possui um painel administrativo que permite ao usuário realizar a gestão e a publicação de seu acervo. É por meio do painel que podem ser criados diferentes perfis de usuários, com diferentes níveis de acesso às coleções, bem como podem ser criadas diferentes páginas web para a comunicação dos acervos. De acordo com a necessidade de cada coleção é possível configurar taxonomias, metadados e filtros específicos. Todas as atividades realizadas no plugin são registradas e listadas podendo assim ser verificadas pelos moderadores.

O Software permite a inclusão de dois tipos de usuários: os assinantes, ou seja, os usuários comuns no contexto do sistema, e os administradores. Independentemente do tipo de usuário, a tela inicial permite acesso às coleções, por meio de menu e mecanismos de busca; o registro de novos assinantes e o login dos previamente cadastrados. Além disso, relaciona as coleções ou itens mais populares e recentes.

Software Livre Brasileiro

O Tainacan é desenvolvido pelo Laboratório de Inteligência de Redes da Universidade de Brasília, com apoio da Universidade Federal de Goiás, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e do Instituto Brasileiro de Museus. E como dito anteriormente, um software livre, que não tem nenhum custo de instalação ou atualização, podendo ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. Ou seja, você pode não só baixar e utilizar gratuitamente o Tainacan, como pode contribuir para o seu desenvolvimento e melhoria.


O Tainacan implementa uma API RESTful (de leitura e escrita) que permite que outras aplicações interajam com seu repositório. Exponha suas coleções em diferentes formatos, como Json, JsonLD, OAI-PMH. 
Caso sua coleção utilize um padrão personalizado de metadados, você pode a mapear para padrões de metadados como o Dublin Core, entre outros em desenvolvimento.

Como uma prática comum, os softwares livres possuem sites próprios, para  que os desenvolvedores se comuniquem entre si e fiquem a par de implementações,  correções e linhas de código. No caso, o Tainacan não é diferente e possui seu próprio fórum, disponível em seu site. (https://tainacan.discourse.group/)

Fonte: https://tainacan.org/


Confira a seguir: 


Usando o Tainacan: conceitos gerais


Conheça o Tainacan: uma ferramenta flexível e poderosa para WordPress



ReferênciasMARTINS, D. L.; SEGUNDO, J. E. S.; SILVA, M. F.; SIQUEIRA, J. Repositório digital com o software livre tainacan: revisão da ferramenta e exemplo de implantação na área cultural com a revista filme cultura. Encontro Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação, n. XVIII ENANCIB, 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/105154.  Acesso em: 04 maio 2023.

Site oficial do Tainacan - Disponível em: https://tainacan.org/

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Biblioteca Digital - Exemplos Internacionais

 Biblioteca Gallica - Biblioteca Digital da Biblioteca Nacional da França 

Gallica é a biblioteca digital da Biblioteca Nacional da França e de seus parceiros. Online desde 1997, é enriquecida a cada semana com milhares de novos recursos e hoje oferece acesso a  milhões de documentos, com o objetivo de oferecer aos leitores, um conjunto de documentos livres de direitos autorais.

A Biblioteca Nacional da França oferece o aplicativo Gallica para iOS e Android, que pode ser baixado gratuitamente na App Store e no Google Play. O aplicativo fornece acesso aos documentos que podem ser consultados na biblioteca digital e permite realizar pesquisas em todas as coleções digitais. Cada documento pode ser baixado no todo ou em parte e, além disto, o usuário pode criar e enriquecer facilmente sua própria biblioteca.

A Gallica oferece um produto diário chamado "Notícias do dia há 100 anos atrás" em Francês. Possui em seu acervo, 4.253.390 Números de imprensa e revistas, 1.480.376 Imagens, 51.714 Partitura, 176.668 Postais, 1.705 Vídeos, 147.848 Manuscritos, 505.153 Objetos, 51.203 Gravações de som e 698.290 Livros. 

No projeto inicial de um "novo tipo de biblioteca" proposto por François Mitterrand em 1988, as tecnologias multimídia estão em destaque. Vislumbra-se então um projeto de biblioteca virtual, acessível a partir das salas de leitura da Biblioteca: o objetivo é oferecer aos leitores, em postos de leitura assistida por computador, um conjunto de documentos livres de direitos e sob direitos que constituem a “biblioteca virtual do homem honesto”. (uma volumetria de 100.000 títulos e 300.000 imagens foi planejada para a abertura ao público do site François-Mitterrand).

O surgimento paralelo da Web e sua rápida democratização em meados da década de 1990 mudou o projeto inicial: a biblioteca digital da BnF, online na Web, seria acessível a todos, em qualquer lugar. A possibilidade de colocar online as coleções digitalizadas obriga a repensar o corpus documental em causa em termos de condicionalismos legais: apenas estarão disponíveis na biblioteca digital obras isentas de royalties (mais de um terço das seleções documentais previstas são assim retiradas do projeto, porque sob direitos).

No final de 1997, Gallica abriu suas portas ao público virtual da web. Em seguida, oferece acesso a alguns milhares de textos acessíveis apenas no modo de imagem. Nos anos que se seguiram, a digitalização de documentos continuou a colocar em linha documentos representativos do património nacional bem como documentos integrados em projetos documentais pontuais; levar em conta outras mídias além do livro é feito gradualmente.

Fonte: https://www.docvirtual.com.br/digitalizacao-de-documentos/
Em 2000, uma nova versão do Gallica foi lançada: imagens e documentos em modo texto agora também estão disponíveis lá. Gradualmente, vários arquivos temáticos são adicionados, oferecendo rotas estruturadas dentro das coleções digitalizadas (cartográfico, acesso cronológico, listas temáticas), como os arquivos Utopia (2000), Voyages en France (2001), Voyages en Afrique (2002), etc.

No âmbito dos programas de cooperação digital (ciências jurídicas, história da arte, guerra de 1914-1918, publicações de sociedades eruditas e academias, etc.), o mercado de digitalização de impressos da BnF acolhe diversos documentos além dos mantidos em coleções externas: atualmente , dos 70.000 impressos digitalizados anualmente pela BnF, um terço provém de cerca de cinquenta bibliotecas parceiras. O mercado de digitalização especializada de documentos permite também o processamento de acervos externos (programas concertados de digitalização de manuscritos, portulans), em volumes obviamente mais modestos. Esses documentos, uma vez digitalizados e fornecidos com uma declaração de origem, estão disponíveis online no Gallica.


Os documentos digitalizados pelos parceiros podem beneficiar dos meios de divulgação e valorização desenvolvidos pela BnF, quer pela recolha dos metadados dos ficheiros digitais, quer pela integração dos ficheiros digitais. Se o parceiro tiver uma biblioteca digital (bibliotecas parceiras), os metadados do documento podem ser indexados pelo BnF e referenciados no Gallica. O internauta é encaminhado ao site dos parceiros para consultar esses documentos. Várias centenas de milhares de documentos de mais de 90 bibliotecas parceiras são assim referenciados no Gallica. Se o parceiro não tiver uma biblioteca digital, os arquivos digitais resultantes da digitalização de suas coleções patrimoniais podem ser integrados à Gallica, como os manuscritos de Rousseau digitalizados pela biblioteca da Assembleia Nacional e disponíveis para consulta na Gallica.
Quanto ao conteúdo do sistema da Biblioteca:
  • Área de cobertura: predominante nas disciplinas de História, Literatura, Ciência e Tecnologia;
  • Período de cobertura: varia entre a Antiguidade até a primeira metade do século XX, com uma forte presença de documentos publicados no século XIX. Possui documentos do século XXI também, porém nem todos estão disponíveis na íntegra;
  • Tipos de documentos: livros, Obras Raras, revistas, jornais, imagens (Plantes, fotos, gravuras), postais, manuscritos, vídeos, gravações de som, partituras.

Funcionalidades do Sistema e Recuperação da Informação: 
  • Interface amigável;
  • Possui link ao texto completo;
  • Apresenta tutoriais de uso;
  • Pesquisa por categoria: tipos de documentos;
  • Oferece opção de salvar as pesquisas de forma personalizada;
  • Opção de criar alertas por Feed RSS.

Confira a seguir: 


Interview: Frédéric Martin, Gallica



Nova guia #13 - Gallica




Referências: Conheça a Gallica da Biblioteca Nacional da França (Guia de fontes de Informação: Biblioteca Francisca Keller).
Acesso em 19 Abri. 2023. 

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Biblioteca Digital - Exemplos Nacionais

 Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)

 

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), idealizada e mantida pelo IBICT. Seu lançamento oficial aconteceu em 2002 com a participação de apenas três universidades: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade de São Paulo (USP); e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). 

Atualmente, com mais de 10 instituições participantes, a BDTD fomenta a visibilidade de teses e dissertações nacionais, gratuitamente, por meio da interoperabilidade entre sistemas, tendo em vista a atividade de centralizar, em um só portal, os trabalhos de diferentes instituições.

No caso, a BDTD é chamada de provedora de serviço, pois faz a colheita de metadados, enquanto as instituições contribuintes são as provedoras de dados, fornecendo os metadados para a coleta. Deve-se mencionar que a colheita de metadados, conhecida como harvesting, faz uso dos chamados provedores de serviços, os quais importam os metadados dos provedores de dados e, assim, tornam o recurso coletado propício a novas alocações, a novos serviços (OLIVEIRA; CARVALHO, 2009).

A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) desde a sua criação faz uso de soluções livres em toda a sua estrutura de funcionamento. A BDTD utiliza o software livre VuFind para agregar e disponibilizar as teses e dissertações coletadas dos sistemas de informação gerenciados pelas instituições. Recentemente a BDTD passou a adotar o coletador desenvolvido e utilizado pela Rede de Repositorios de Acceso Abierto a la Ciencia (LA Referencia).


A BDTD utiliza o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações (TEDE) que é um software desenvolvido pelo IBICT e distribuído gratuitamente para as instituições que desejam utilizar a solução para o gerenciamento de suas teses e dissertações.

A primeira versão do sistema foi lançada em 2002 quando do surgimento da BDTD. A mais recente atualização do TEDE foi lançada em 2014 e passou a ser chamada, desde então, de TEDE 2. A nova versão é uma customização do software livre DSpace, a mesma solução utilizada para a criação de Repositórios Institucionais de Publicações Científicas em Acesso Aberto.


Confira a seguir: 


BDTD 

Tutorial BDTD 



Referências: MACHADO, Victor de Oliveira. Biblioteca Digital Jurídica do Superior Tribunal de Justiça: um estudo a partir do software livre DSpace. 2021. 74 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biblioteconomia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2021. 
Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/31531Acesso em: 14 Abr. 2023.

BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
Link da Biblioteca: https://bdtd.ibict.br/vufind/




sábado, 8 de abril de 2023

Biblioteca Digital - Ferramentas

DSpace - Ferramenta para Bibliotecas e Repositórios Digitais

Fonte: https://cotec.ibict.br/dspace/

O DSpace é um software livre, ou seja, de código-fonte aberto (open source), baseado nas quatro liberdades (uso, cópia, modificação e redistribuição) e comumente adotado para criar bibliotecas e repositórios digitais. Conforme Aguiar (2018 apud MACHADO, 2021, p. 38), o DSpace foi desenvolvido em 2002 pelas bibliotecas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em parceria com os laboratórios da Hewlett-Packard (HP), contabilizando um número superior a três mil instalações em todo o mundo. Desde o surgimento do software até o período hodierno, várias atualizações aconteceram, intencionadas tanto em corrigir problemas quanto em implementar melhorias. 

Possui versatilidade para a ambientação de bibliotecas digitais, pois suas funcionalidades abarcam: submissão e descrição de ODs, nos mais variados formatos, como fotos, livros digitais e arquivos de vídeo; links persistentes, para auxiliar na preservação do material digital; estrutura organizacional hierarquizada, para tornar a usabilidade mais didática ao usuário; possibilidade de customização, para atender necessidades específicas das instituições que o adotam; entre outras.

Como uma prática comum, os softwares livres possuem sites próprios, para  que os desenvolvedores se comuniquem entre si e fiquem a par de implementações,  correções e linhas de código. No caso, o DSpace não é diferente, sendo possível  entrar em grupos de discussão mundiais, refinados por países, além de filtrar os  grupos por assuntos específicos. Destaca-se o Grupo Brasileiro de Usuários DSpace,  promovido por Mennielli e Rodrigues (2019), favorecendo espaços de discussões  sobre instalação e execução, de suporte técnico, de desenvolvedores e da  plataforma no Brasil. 

Fonte: https://wiki.lyrasis.org/pages/viewpage.action?pageId=104565826

No que diz respeito às características de implementação do software, elas  podem ser divididas, conforme Sayão e Marcondes (2009 apud MACHADO, 2021, p. 41), em três grandes grupos: características técnicas, que se referem a compatibilidade de programas e formatos para a ambientação do DSpace; padrões, que são os arquétipos para execução de  determinadas atividades, como a descrição de ODs; e características específicas, que  são aquelas que tornam o DSpace específico para a implementação de RDs.
 
Em relação à arquitetura do DSpace, ela pode ser dividida em três camadas, sendo: aplicação; negócios; e armazenamento. A camada de aplicação é aquela em que são desenvolvidas atividades referentes à interação entre web e usuários: protocolo OAI-PMH, que “conversa” com outros sistemas, tornando os recursos mais centralizados para o usuário; statistics tools, que são estatísticas que dizem respeito à quantidade de acessos a determinado OD, por exemplo; e WEB UI, que são padrões de design da página web; entre outras. A camada de negócios, por sua vez, é onde ocorrem as funcionalidades do DSpace no que se refere a gestão de conteúdos, submissões e atribuições. A camada de armazenamento é responsável pelo armazenamento dos ODs e de seus metadados, camada que conta com o auxílio do Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacional estendido e livre (SGBDRe) PostgreSQL, (FABRI et al., 2012 apud MACHADO, 2021, p. 45).

Quanto ao padrão de metadados utilizado, o DSpace adota o DC. O DC é um padrão de metadados simples (de fácil entendimento), fomenta a interoperabilidade, a partir de um padrão de descrição de ODs em diferentes ambientes, possui reconhecimento internacional e é extensível, ou seja, é possível modificá-lo para criar outro padrão. Ao mencionar a interoperabilidade, ela ocorre no DSpace por meio do protocolo OAI-PMH, possibilitando que adeptos da OAI compartilhem seus metadados, deixando-os expostos para a coleta de dados.

DSpace - Versão Brasileira

Ao participar do lançamento do software DSpace, em 2002, o IBICT teve conhecimento de seu uso em alguns países e pela Universidade do Minho, em Portugal, que teria implantado o seu repositório institucional, o RepositoriUM. Como já vinha liderando as ações do acesso livre no Brasil, o IBICT decidiu por customizar o software e distribuí-lo em nível nacional. Assim, a criação da versão brasileira do DSpace, em 2004, representou mais um marco do pioneirismo do IBICT no desenvolvimento e customização de ferramentas para tratamento e disseminação de informações técnico-científicas na Web.

Fonte: Governo Federal (logomarca)

O Brasil tem sido um grande usuário dessa ferramenta. Desde 2005, a equipe técnica do IBICT apoia o DSpace de forma gratuita, para toda a comunidade acadêmica e científica do Brasil, dando suporte a usuários interessados em compartilhar documentação digital por meio da criação de repositórios institucionais acadêmicos.

O software também tem sido largamente utilizado pela esfera governamental, não como fonte primária, mas como instrumento de disseminação de documentos publicados previamente, iniciativa constatada pelos estudos de Brito, Macedo e Shintaku (2015).

Os Repositórios Digitais (RD) ou os Repositórios Institucionais (RI) atuam como sistemas digitais para preservação e disseminação de documentação de instituições – públicas ou privadas – ofertando acesso gratuito ao texto completo.


Confira a seguir: 





Webnário - Utilizando o DSpace



Referências: MACHADO, Victor de Oliveira. Biblioteca Digital Jurídica do Superior Tribunal de Justiça: um estudo a partir do software livre DSpace. 2021. 74 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biblioteconomia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/31531. Acesso em: 08 Abr. 2023.

Laboratório da COTEC - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)
Disponível em: https://cotec.ibict.br/dspace/  Acesso em: 08 Abr. 2023. 


Biblioteca Digital-Exemplos Nacionais

 Biblioteca Digital da Unicamp      Criada em 2002, a Biblioteca Digital da Unicamp foi uma das pioneiras no Brasil ao disponibilizar seu ac...