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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Biblioteca Digital - Digitalização Acervo

Digitalização Acervo 

No presente século, apesar de a informação impressa estar longe de sua extinção, o mundo virtual domina o planeta oferecendo informações acessíveis com maior facilidade e comodidade. O armazenamento da informação em meio digital tem crescido de maneira assombrosa, facilitando o acesso e colocando livros, obras e documentos à consulta remota e ao alcance de buscadores on-line. 

Fonte: https://www.metis-group.com/product/eds-gamma

A digitalização é um processo mediado pela tecnologia capaz de transformar um documento físico em um documento virtual que é constituído por dígitos binários, e por isso, recebe a denominação de digital, informático ou eletrônico, neste processo uma fotografia eletrônica (captura eletrônica) é feita por um scanner ou máquina fotográfica diretamente a partir do documento e é armazenada digitalmente num sistema computacional. 

A digitalização deve ser vista como forma de preservação do material e não como meio de descarte dos originais, como mostra Nardino e Caregnato (2005, p. 383): Pretende-se, desta forma, contribuir para uma reflexão acerca da fragilidade da informação registrada em papel e da responsabilidade do bibliotecário em manter vivos esses registros. É importante destacar que a questão do documento eletrônico é aqui colocada como um novo suporte para o registro de informações, que surge não para substituir o livro impresso, mas para complementá-lo em suas limitações (GREENHALGH, 2011, p. 161, apud SANTANA, p. 25).

Portanto, pode-se considerar como a maior vantagem da digitalização que talvez supere a maioria de suas desvantagens, a preservação dos originais, pois a biblioteca poderá criar políticas de restrição de acesso aos originais mais rigorosas para prevenir e evitar desgastes na obra, visto que a mesma encontra-se digitalizada e disponível para todos.

Digitalização de Microfilmes

Diferente da microfilmagem, a digitalização de microfilmes não tem a finalidade de preservação do original, mas cumpre o papel de preservação na medida em que evita excessiva manipulação dos originais. Ela não substitui a cópia original, ela passa a ser um novo mecanismo de acesso ao conteúdo informacional. 

Vantagens da digitalização de microfilmes:

  • Melhor gerenciamento das informações;
  • Facilidade no acesso aos documentos (microfilmes são de difícil manuseio);
  • Possibilidade de compartilhamento dos documentos por e-mail, Internet, Intranet, etc;
  • Maior portabilidade dos documentos digitalizados (ex.: pendrive, DVD’s);
  • Agilidade na localização de um documento específico;
  • Preservação das informações em mídia digital (backup).

Fonte: https://mycroarq.com.br/digitalizacao-de-microformas/

Curiosidades sobre o microfilme:
  • O microfilme é a forma de armazenamento mais confiável para a preservação de documentos críticos, sendo praticamente inalterável, portanto, à prova de adulterações e fraudes, possuindo em muitos casos o mesmo valor jurídico de um documento original.
  • Quanto ao custo, o microfilme é uma forma de armazenamento barata, custando menos do que o armazenamento em papel, graças à sua capacidade de miniaturização de até 50 vezes (98%).
  • Documentos em microfilme, desde que manuseados corretamente, e armazenados com controle correto de umidade e temperatura, possuem uma estimativa de vida útil de cerca de 500 anos.
  • A Microfilmagem é um processo criado na Inglaterra em 1839, tendo sido amplamente utilizado para fins militares durante as Guerras. Quanto ao uso da microfilmagem para fins administrativos e corporativos, foi mais amplamente utilizado a partir de 1900; em 1920 a Eastman Kodak iniciou a produção em série das microfilmadoras, popularizando assim o seu uso.

Fonte: https://www.datavel.com.br/digitalizacao-de-microfichas/index.html

Os microfilmes podem se apresentar de três formas:
  • Microfilmes em rolos (roll film) de bitola 16 ou 35 mm, sendo 16mm utilizado para armazenar contratos, documentos gerais de escritório formato Ofício ou A4. A bitola 35mm é mais utilizada para o armazenamento de documentos de formatos maiores, como documentos de Engenharia, mapas, plantas, jornais, etc.
  • Microfichas (microfiches), que podem ser do tipo COM (Computer Output to Microfilm), que geralmente armazenam documentos financeiros, contábeis e extratos bancários, ou jaquetas (jackets), que armazenam documentação de RH, prontuários, etc.
  • Cartões janela (aperture cards), geralmente armazenam uma planta de Engenharia, desenho mecânico ou desenhos em grandes formatos.

Confira a seguir: 


Arquivo Ideal - Microfilmagem X Digitalização



USP - Digitalização de Obras Raras



Referências: SANTANA, Luiza Martins de. Digitalização de obras raras no Senado Federal. 2013. 47 f., il. Monografia (Bacharelado em Biblioteconomia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2013. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/6104. Acesso em: 26 Abr. 2023

sexta-feira, 31 de março de 2023

Biblioteca Digital - Digitalização Acervo

Do papel ao digital - O que é digitalização?

Com o advento da internet e a ascensão das novas tecnologias, o meio digital entra em foco e a popularidade do seu acesso se torna inevitável. Sendo assim, o impresso dá lugar a um formato mais viável, seguro e de fácil acesso, é o formato digital roubando os holofotes.  

Fonte: https://blog.mapelstore.com.br/nunca-foi-tao-facil-digitalizar-documentos/

Nesse contexto, a digitalização de acervo surge para facilitar a localização, preservação e reduzir risco com a perda e deterioração, seja de documentos, livros, imagens, microfilmes etc. Proporcionando agilidade na busca por informações, o sistema de Digitalização de Documentos  propicia o acesso à informação de forma simples e rápida, objetiva e com fidelidade aos originais.

Ao convertermos um suporte físico para um suporte digital visamos dinamizar o acesso e a disseminação das informações, mediante a visualização instantânea das imagens e multiusuários. Há, portanto, a necessidade de garantir que as informações que são produzidas hoje estejam acessíveis na posteridade, pois se configuram um rico patrimônio humano, fruto de sua produção cultural,  social e ou científica. (CUNHA; LIMA, 2007, p. 2).

Como funciona ? 

A digitalização tem, inevitavelmente, efeito democratizante, pois implicam maior número de pessoas com acesso às imagens.  O processo de digitalização propicia os meios de se codificar digitalmente documentos capturados através de um scanner ou máquina fotográfica digital e disponibilizá-los em forma de imagem ou som para armazenagem, transmissão e recuperação em sistemas computadorizados.

Diversos autores tratam de pontos a serem contemplados em um projeto de digitalização, como: critérios de seleção do material, conversão, controle de qualidade da digitalização, gerenciamento da coleção, disponibilização e armazenamento do acervo digital. 

O produto da digitalização, a imagem digital, não substitui legalmente a informação armazenada no suporte original. A digitalização requer basicamente os seguintes equipamentos:

  • Um scanner ou câmara digital para captar e converter a imagem;
  • Um computador para processá-la e armazená-la;
  • Softwares para captura e manipulação das imagens;
  • Uma impressora ou um monitor para visualizá-la.

Segundo o guia da Unesco, para arquivos e bibliotecas a digitalização pode ter como principais objetivos:

  • Possibilitar  acesso ao conteúdo informacional que encontra-se em suporte de difícil acesso;
  • Disponibilizar novas formas de uso e acesso aos acervos que tem alta demanda de uso, aumentando os grupos de usuários e;
  • Contribuir para a preservação dos acervos, reduzindo o manuseio e o acesso físico ao material original, criando uma cópia de segurança do material original.

A UNESCO criou um guia com as diretrizes básicas para os projetos de digitalização em Arquivos e Bibliotecas. Neste guia os autores alertam que é necessário a instituição estabelecer objetivos claros para um projeto de digitalização pois a digitalização é um processo caro, trabalhoso e portanto é necessário que a digitalização possa ter vários usos para o arquivo.

Fonte: https://www.elarscan.com/pt/
O desenvolvimento do projeto de digitalização requer atenção especial para as diretrizes estabelecidas para o armazenamento das informações digitais. Antes de iniciar um projeto de digitalização deve ser planejada adequadamente a disponibilização de equipamentos e sistemas de armazenamento das imagens geradas bem como as diretrizes para garantir a sua preservação em meio digital. As imagens máster, imagens com alto grau de resolução e definição, devem ser armazenadas em servidores que possuem grande capacidade de memória de armazenamento e velocidade de processamento. Mesmo assim, é necessário a criação de cópias de segurança em dispositivos externos de armazenamento tais como: cd-rom, dvd, fita dat, fita dllt.

A Preservação da informação em meio digital é outro item de suma importância em um projeto de digitalização. A literatura recomenda cuidados na manutenção desses arquivos criados e armazenados em servidores e dispositivos externos, pois, as mudanças nas mídias eletrônicas fazem com que muitos equipamentos necessitem de atualização constantes. Alguns autores chegam a falar que os dispositivos de armazenamento tornam-se obsoletos em no máximo 5 anos.


Confira a seguir:



Digitalização de Livros da Editora Universitária da UFPE


Referências: https://slideplayer.com.br/slide/398768/

AMARAL, C. M. G. Diretrizes para a digitalização no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. In: ENCONTRO NACIONAL DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5., 2004.Anais…Disponível:https://cinform-anteriores.ufba.br/v_anais/artigos/cleiamarciagomesamaral.html. Acesso em 31 Mar. 2023.. 

Andrade, R. S; Lima, J. B; Jambeiro, O. F. Digitalizando a memória de Salvador: nossos presente e passado têm futuro?. Repositório Institucional da UFBA. Disponível em: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/1943. Acesso em 31 Mar. 2023.


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