Digitalização Acervo
No presente século, apesar de a informação impressa estar longe de sua extinção, o mundo virtual domina o planeta oferecendo informações acessíveis com maior facilidade e comodidade. O armazenamento da informação em meio digital tem crescido de maneira assombrosa, facilitando o acesso e colocando livros, obras e documentos à consulta remota e ao alcance de buscadores on-line.
A digitalização deve ser vista como forma de preservação do material e não como meio de descarte dos originais, como mostra Nardino e Caregnato (2005, p. 383): Pretende-se, desta forma, contribuir para uma reflexão acerca da fragilidade da informação registrada em papel e da responsabilidade do bibliotecário em manter vivos esses registros. É importante destacar que a questão do documento eletrônico é aqui colocada como um novo suporte para o registro de informações, que surge não para substituir o livro impresso, mas para complementá-lo em suas limitações (GREENHALGH, 2011, p. 161, apud SANTANA, p. 25).
Portanto, pode-se considerar como a maior vantagem da digitalização que talvez supere a maioria de suas desvantagens, a preservação dos originais, pois a biblioteca poderá criar políticas de restrição de acesso aos originais mais rigorosas para prevenir e evitar desgastes na obra, visto que a mesma encontra-se digitalizada e disponível para todos.
Digitalização de Microfilmes
Diferente da microfilmagem, a digitalização de microfilmes não tem a finalidade de preservação do original, mas cumpre o papel de preservação na medida em que evita excessiva manipulação dos originais. Ela não substitui a cópia original, ela passa a ser um novo mecanismo de acesso ao conteúdo informacional.
Vantagens da digitalização de microfilmes:
- Melhor gerenciamento das informações;
- Facilidade no acesso aos documentos (microfilmes são de difícil manuseio);
- Possibilidade de compartilhamento dos documentos por e-mail, Internet, Intranet, etc;
- Maior portabilidade dos documentos digitalizados (ex.: pendrive, DVD’s);
- Agilidade na localização de um documento específico;
- Preservação das informações em mídia digital (backup).
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Fonte: https://mycroarq.com.br/digitalizacao-de-microformas/ |
- O microfilme é a forma de armazenamento mais confiável para a preservação de documentos críticos, sendo praticamente inalterável, portanto, à prova de adulterações e fraudes, possuindo em muitos casos o mesmo valor jurídico de um documento original.
- Quanto ao custo, o microfilme é uma forma de armazenamento barata, custando menos do que o armazenamento em papel, graças à sua capacidade de miniaturização de até 50 vezes (98%).
- Documentos em microfilme, desde que manuseados corretamente, e armazenados com controle correto de umidade e temperatura, possuem uma estimativa de vida útil de cerca de 500 anos.
- A Microfilmagem é um processo criado na Inglaterra em 1839, tendo sido amplamente utilizado para fins militares durante as Guerras. Quanto ao uso da microfilmagem para fins administrativos e corporativos, foi mais amplamente utilizado a partir de 1900; em 1920 a Eastman Kodak iniciou a produção em série das microfilmadoras, popularizando assim o seu uso.
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Fonte: https://www.datavel.com.br/digitalizacao-de-microfichas/index.html |
- Microfilmes em rolos (roll film) de bitola 16 ou 35 mm, sendo 16mm utilizado para armazenar contratos, documentos gerais de escritório formato Ofício ou A4. A bitola 35mm é mais utilizada para o armazenamento de documentos de formatos maiores, como documentos de Engenharia, mapas, plantas, jornais, etc.
- Microfichas (microfiches), que podem ser do tipo COM (Computer Output to Microfilm), que geralmente armazenam documentos financeiros, contábeis e extratos bancários, ou jaquetas (jackets), que armazenam documentação de RH, prontuários, etc.
- Cartões janela (aperture cards), geralmente armazenam uma planta de Engenharia, desenho mecânico ou desenhos em grandes formatos.